quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Horta do quintal

Depois de ter que insistir um pouco para que a horta fosse uma realidade, neste momento o meu pai está completamente rendido à causa. Ao fundo do quintal, deixou um espaço pequenito e lá tem feito algumas experiências hortícolas.

Tem por fiéis companheiros o indispensável Borda d'Água e o Manual do Horticultor, que lhe ofereci há uns Natais atrás, e que agora é frequentemente consultado.
Palavras dele: "Entretenho-me, parecendo que não, poupa-se algum dinheiro e temos mais vegetais na nossa alimentação." Nem foi preciso ensinar-lhe o discurso.

Chamo a atenção para o compostor, que se tornou parte integrante da vida familiar e que acolhe os resíduos não só da horta e do quintal, mas também os provenientes da preparação das refeições. Dele, também só se fazem elogios: reduz-se a quantidade de resíduos que se deitam fora e aproveita-se o composto nas novas plantações. É uma maravilha - palavras do meu pai, novamente.
Fica aqui a horta e o pequeno cabaz que trouxe de lá: as primeiras cenouras da época e uma alfacita bem gostosa!

MIAU NO B(R)IO, o supermercado biológico






quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Mas o que é a Agricultura Urbana?!

Agricultura Urbana (AU) pode ser definida como uma actividade que produz, processa/transforma e introduz no mercado alimento, combustível entre outros outputs (fibras e alimento para animais), na maioria das vezes em resposta às exigências diárias dos cidadãos que vivem dentro dos limites das áreas urbanas. Pode ocorrer em terrenos públicos ou privados, dentro ou na periferia das cidades, surgindo nas mais diversas formas em função do contexto local.

Mais de 800 milhões de residentes urbanos em todo o mundo estão envolvidos na AU. Os motivos subjacentes vão desde a impossibilidade de acesso ao alimento, em que as produções da AU são o único garante da sobrevivência das comunidades locais, até preocupações com a saúde e o bem-estar, funcionando inclusivamente como alternativa ao recreio convencional, oferecido pelos espaços públicos das cidades.

A AU optimiza a ocupação do espaço, a utilização da água e os métodos produtivos, por forma a maximizar e diversificar as produções, contribuindo para a segurança alimentar, saúde, complemento ao rendimento familiar ou até mesmo a auto-suficiência alimentar. Paralelamente é uma actividade que promove a biodiversidade, ao funcionar como último/único refúgio para algumas espécies de fauna e flora, incluindo cultivares que se foram perdendo ao longo do tempo, nos sistemas agrícolas tradicionais e de produção intensiva.

Os benefícios e oportunidades da AU reflectem-se em áreas como ambiente, saúde, sociedade e economia:
Ambiente, pela redução de input’s, de consumos energéticos e de emissões de gases com efeito de estufa (GEE), resultantes dos transportes a longas distâncias; trata-se de um uso mais sustentável do solo urbano, contribuindo para um aumento da biodiversidade nas cidades.
Saúde e segurança alimentar, pela melhoria da qualidade dos produtos alimentares, sempre que assegurados os modelos de agricultura biológica ou as práticas agrícolas sustentáveis;
Sociedade, essencialmente associados à melhoria das relações interpessoais, estímulo do espírito comunitário, possibilidade de recreio, lazer e prática de exercício físico.
Economia, uma vez que pode impulsionar a economia local, oferecendo oportunidades de emprego, dinamizando os mercados locais, através da comercialização das produções locais.

Existem limitações e desafios? Concerteza! Dificuldade no acesso aos espaços (solo cultivável), recursos limitados, ausência de politicas e práticas de planeamento que reflictam a importância deste uso do solo e actividade no contexto urbano.

Este é um período de crise e de mudança aos níveis global, regional e local, decorrentes das alterações climáticas e degradação dos recursos naturais. Soluções como a AU podem desempenhar um papel importante num futuro próximo, apresentado-nos um novo modelo de cidade - A URBE DO FUTURO!

ORTO CULTURAS

O atelier e laboratório moovlab desenvolveu para o Concurso "Vazios Urbanos", da Trienal de Lisboa 07, o projecto ORTO CULTURAS. Aqui ficam algumas imagens:

http://www.moov.tk/















"As cidades são entidades dinâmicas em que os territórios abandonados são mutáveis em função de interesses económicos, planos urbanos, ocupações diversas etc… As hortas urbanas são apropriações expontâneas de territórios negligenciados. Uma forma impulsiva do habitante local reverter o abandono em algo produtivo. A sua implementação não obedece a uma estratégia pré-definida mas antes a tácticas dispersas que aproveitam as especificidades do contexto onde se inserem para gerar uma resposta imediata à margem do planeamento convencional. A ocupação, embora se possa estender por muitos anos, tem sempre um carácter transitório, sendo precisamente esta caracteristica que valida a sua existência, pois as limitações temporais permitem muitas vezes coisas que seriam inconcebíveis se consideradas a longo termo.


A proposta reconhece o valor desta forma de ocupação do território para a estrutura ecológica da cidade e as suas qualidades enquanto sistema de exploração temporário dos vazios urbanos. Por isso, o projecto ORTO CULTURAS trabalha esta realidade transitória e potencia-a através da introdução de uma série de elementos de apoio às actividades hortícolas. A implementação destes elementos contribui para definir uma identidade menos precária, melhorar o funcionamento do sistema, em suma, contribuir para uma intensificação ecológica e social do território."

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Uma casa para o MIAU^^!

O primeiro passo foi dado. A EXTRUPLÁS - Soluções em plástico reciclado está disponível para montar um layout completo para a nossa horta: Instalação de apoio, vedação e compostor. Vamos pensar na localização ideal para a instalação da primeira horta do MIAU. Aguardo os vossos contributos...

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