quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

HORTAS 2009

Que o ano de 2009 seja um ano de concretização de projectos e de sonhos!!

domingo, 7 de dezembro de 2008

Horta do vento



Ei-la empoleirada no miradouro da Boca do Vento, e na vertigem ...o Tejo...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Horta Urbana


Tirei esta fotografia no Porto há já alguns anos...mas acho que ela ilustra bem a originalidade que podemos encontrar no terreno quando falamos de hortas portuguesas - até parece uma obra de M. Duchamp!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Agricultura vertical: Reduzindo o impacto da agricultura nos ecossistemas

O desenvolvimento da agricultura levou a um aumento sem precedentes da população humana. Permitiu a transformação dos caçadores e recolectores em moradores urbanos. Hoje mais de 800 milhões de hectares são destinados à agricultura, ou seja aproximadamente 38% da superfície continental do planeta. A agricultura modificou a paisagem favorecendo o aparecimento de campos cultiváveis e pastos para rebanhos, em detrimento de áreas naturais que foram eliminadas ou reduzidas a unidades fragmentadas e semi-funcionais.

Espera-se que nos próximos 50 anos a população mundial alcance 8.6 bilhões de pessoas, exigindo 10^9 hectares adicionais para alimentá-las, se basearmos os cálculos na tecnologia disponível actualmente. Uma vez que esta área adicional não está disponível, as estratégias e alternativas para produção de alimento, sem invadir os poucos ecossistemas funcionais restantes, devem ser seriamente contempladas. Se a agricultura tradicional pudesse ser substituída por centros de produção alimentar urbanos, os ecossistemas recuperariam gradualmente.
Os benefícios sociais da agricultura vertical incluem a sustentabilidade do ambiente urbano que promove a saúde dos seus habitantes; novas oportunidades de emprego; diminuição do número de lotes e edifícios abandonados; melhoria da qualidade do ar; e uma fonte abundante de água potável e alimentos.
A agricultura vertical praticada em grande escala nos centros urbanos:
1. forneceria alimento suficiente, de maneira sustentável, para alimentar confortavelmente toda a humanidade num futuro próximo;
2. permitiria que grandes áreas revertessem à paisagem natural;
3. reciclaria com segurança e eficiência a fracção orgânica dos resíduos domésticos e agrícolas, produzindo energia através da produção de metano, e ao mesmo tempo reduziria significativamente populações de pequenos animais e insectos nocivos à saúde;
4. proveria uma nova e necessária estratégia para conservação da água potável;
5. aproveitaria espaços urbanos abandonados e não utilizados;
6. diminuiria a transmissão de doença associados com coliformes fecais;
7. permitiria a produção anual de alimentos sem perda dos rendimentos devido à mudança do clima ou fenómenos naturais;
8. eliminaria a necessidade de uso, em grande escala, de pesticidas e herbicidas;
9. geraria uma nova parceria com indústrias químicas (i.e, projectando e produzindo dietas quimicamente seguras e definidas para uma grande variedade de espécies comercialmente viáveis de plantas);
10. Proporcionaria uma vida urbana sustentável e saudável para todos aqueles que escolhem viver nas cidades.

Os edifícios de produção de alimento funcionariam reciclando segura e eficientemente todo o material orgânico, bem como tratando a água usada nas culturas e transformando-a em água potável. Contudo apenas um forte suporte governamental com incentivos ao sector privado, às universidades e governos locais, permitirá o desenvolvimento do conceito. Os edifícios de produção vertical serão: a. de construção barata; b. operação duradoura e segura; c. independente de subsídios económicos e de ajuda externa. Se estas condições se verificarem a agricultura urbana poderá fornecer alimento a 60% da população que vive nas cidades no ano 2030.

O que significa agricultura vertical? A agricultura “indoor” não é um conceito novo, já que o uso de estufas na agricultura é conhecida há algum tempo. Numerosas colheitas comercialmente viáveis (por exemplo, morangos, tomates, pimentos, pepinos,...) saem de estufas e abastecem supermercados do mundo inteiro em quantidades que têm vindo a crescer nos últimos 15 anos. A maioria destas explorações são pequenas quando comparadas à agricultura tradicional, mas em contrapartida, estas estufas podem produzir durante todo o ano. Japão, Escandinávia, Nova Zelândia, Estados Unidos, e Canadá têm indústrias de estufa prósperas. Até agora nenhum edifício foi construído para esse fim. Outros alimentos cultivados “indoor” para fins comerciais incluem peixes de água doce (por exemplo, tilápia, truta), e uma larga variedade de crustáceos e moluscos (por exemplo, camarões, lagostas, mexilhões).

A concepção da agricultura vertical difere radicalmente do que vem sendo praticado e deve ultrapassar o conceito de agricultura “indoor”, pois uma grande variedade de alimentos poderá ser produzida em quantidades suficientes para sustentar a maior das cidades utilizando recursos próprios. O gado, os cavalos, os carneiros, as cabras, e outros animais parecem estar fora do paradigma da agricultura urbana. Entretanto, uma grande variedade de frangos e porcos estão dentro da capacidade da agricultura “indoor”. Estimou-se que a necessidade de espaço “indoor” intensamente cultivado necessário para alimentar uma única vida num ambiente extraterrestre seria de aproximadamente 27,87 metros quadrados. Baseado nestes cálculos, uma 'quinta vertical', com uma base 4 equivalente a um quarteirão de 30 andares (aproximadamente 287909,1 mil metros quadrados) poderia fornecer alimentos (2.000 calorias/dia/pessoa) para atender confortavelmente as necessidades de 10.000 pessoas empregando as tecnologias actualmente disponíveis.

A construção da 'quinta vertical' ideal, com um maior rendimento por metro quadrado requererá pesquisa adicional em muitas áreas — hidrobiologia, engenharia, microbiologia industrial, genética animal e botânica, arquitectura, saúde pública, gestão de resíduos, física, e planeamento urbano. Apesar de se tratar de uma construção teórica, o tempo da sua implementação já chegou, pois uma falha no abastecimento de produtos agrícolas a uma escala global certamente culminará numa corrida aos recursos naturais restantes, num planeta que já está pressionado, criando um clima social intolerável.

domingo, 16 de novembro de 2008

2.012 novos espaços para cultivar em Londres até 2012

The Capital Growth campaign will offer practical and financial support to communities around London to help more people grow more food, and to have greater access to land and food growing spaces for community benefit.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Horta do quintal

Depois de ter que insistir um pouco para que a horta fosse uma realidade, neste momento o meu pai está completamente rendido à causa. Ao fundo do quintal, deixou um espaço pequenito e lá tem feito algumas experiências hortícolas.

Tem por fiéis companheiros o indispensável Borda d'Água e o Manual do Horticultor, que lhe ofereci há uns Natais atrás, e que agora é frequentemente consultado.
Palavras dele: "Entretenho-me, parecendo que não, poupa-se algum dinheiro e temos mais vegetais na nossa alimentação." Nem foi preciso ensinar-lhe o discurso.

Chamo a atenção para o compostor, que se tornou parte integrante da vida familiar e que acolhe os resíduos não só da horta e do quintal, mas também os provenientes da preparação das refeições. Dele, também só se fazem elogios: reduz-se a quantidade de resíduos que se deitam fora e aproveita-se o composto nas novas plantações. É uma maravilha - palavras do meu pai, novamente.
Fica aqui a horta e o pequeno cabaz que trouxe de lá: as primeiras cenouras da época e uma alfacita bem gostosa!

MIAU NO B(R)IO, o supermercado biológico






quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Mas o que é a Agricultura Urbana?!

Agricultura Urbana (AU) pode ser definida como uma actividade que produz, processa/transforma e introduz no mercado alimento, combustível entre outros outputs (fibras e alimento para animais), na maioria das vezes em resposta às exigências diárias dos cidadãos que vivem dentro dos limites das áreas urbanas. Pode ocorrer em terrenos públicos ou privados, dentro ou na periferia das cidades, surgindo nas mais diversas formas em função do contexto local.

Mais de 800 milhões de residentes urbanos em todo o mundo estão envolvidos na AU. Os motivos subjacentes vão desde a impossibilidade de acesso ao alimento, em que as produções da AU são o único garante da sobrevivência das comunidades locais, até preocupações com a saúde e o bem-estar, funcionando inclusivamente como alternativa ao recreio convencional, oferecido pelos espaços públicos das cidades.

A AU optimiza a ocupação do espaço, a utilização da água e os métodos produtivos, por forma a maximizar e diversificar as produções, contribuindo para a segurança alimentar, saúde, complemento ao rendimento familiar ou até mesmo a auto-suficiência alimentar. Paralelamente é uma actividade que promove a biodiversidade, ao funcionar como último/único refúgio para algumas espécies de fauna e flora, incluindo cultivares que se foram perdendo ao longo do tempo, nos sistemas agrícolas tradicionais e de produção intensiva.

Os benefícios e oportunidades da AU reflectem-se em áreas como ambiente, saúde, sociedade e economia:
Ambiente, pela redução de input’s, de consumos energéticos e de emissões de gases com efeito de estufa (GEE), resultantes dos transportes a longas distâncias; trata-se de um uso mais sustentável do solo urbano, contribuindo para um aumento da biodiversidade nas cidades.
Saúde e segurança alimentar, pela melhoria da qualidade dos produtos alimentares, sempre que assegurados os modelos de agricultura biológica ou as práticas agrícolas sustentáveis;
Sociedade, essencialmente associados à melhoria das relações interpessoais, estímulo do espírito comunitário, possibilidade de recreio, lazer e prática de exercício físico.
Economia, uma vez que pode impulsionar a economia local, oferecendo oportunidades de emprego, dinamizando os mercados locais, através da comercialização das produções locais.

Existem limitações e desafios? Concerteza! Dificuldade no acesso aos espaços (solo cultivável), recursos limitados, ausência de politicas e práticas de planeamento que reflictam a importância deste uso do solo e actividade no contexto urbano.

Este é um período de crise e de mudança aos níveis global, regional e local, decorrentes das alterações climáticas e degradação dos recursos naturais. Soluções como a AU podem desempenhar um papel importante num futuro próximo, apresentado-nos um novo modelo de cidade - A URBE DO FUTURO!

ORTO CULTURAS

O atelier e laboratório moovlab desenvolveu para o Concurso "Vazios Urbanos", da Trienal de Lisboa 07, o projecto ORTO CULTURAS. Aqui ficam algumas imagens:

http://www.moov.tk/















"As cidades são entidades dinâmicas em que os territórios abandonados são mutáveis em função de interesses económicos, planos urbanos, ocupações diversas etc… As hortas urbanas são apropriações expontâneas de territórios negligenciados. Uma forma impulsiva do habitante local reverter o abandono em algo produtivo. A sua implementação não obedece a uma estratégia pré-definida mas antes a tácticas dispersas que aproveitam as especificidades do contexto onde se inserem para gerar uma resposta imediata à margem do planeamento convencional. A ocupação, embora se possa estender por muitos anos, tem sempre um carácter transitório, sendo precisamente esta caracteristica que valida a sua existência, pois as limitações temporais permitem muitas vezes coisas que seriam inconcebíveis se consideradas a longo termo.


A proposta reconhece o valor desta forma de ocupação do território para a estrutura ecológica da cidade e as suas qualidades enquanto sistema de exploração temporário dos vazios urbanos. Por isso, o projecto ORTO CULTURAS trabalha esta realidade transitória e potencia-a através da introdução de uma série de elementos de apoio às actividades hortícolas. A implementação destes elementos contribui para definir uma identidade menos precária, melhorar o funcionamento do sistema, em suma, contribuir para uma intensificação ecológica e social do território."

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Uma casa para o MIAU^^!

O primeiro passo foi dado. A EXTRUPLÁS - Soluções em plástico reciclado está disponível para montar um layout completo para a nossa horta: Instalação de apoio, vedação e compostor. Vamos pensar na localização ideal para a instalação da primeira horta do MIAU. Aguardo os vossos contributos...

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Inspiramo-nos nas casas dos outros...


Esta instalação de apoio a uma horta, apesar de rudimentar, ensina-nos que a acção mais insignificante pode traduzir simbolicamente os princípios mais importantes ... e note que este não é um caso isolado! Na estrutura, com aproximadamente 1.50X1.50m de área de implantação por 1.80m de altura, pode observar-se a fixação ao longo do telhado de uma caleira para recolha e aproveitamento de água da chuva. A ligação a um pequeno depósito colocado lateralmente, permite o armazenamento temporário da água e posterior utilização.

quero encontrar